
Quando lhe vi estava entre as rosas
Desejei mais do que nunca lhe tocar a face com um beijo
E arrancar dos portões do paraíso suas trancas
Me entregar aos meus infindáveis desejos
Entregando-me ao mais mórbido ...
Queria sentir sua boca próxima aos meus lábios
Sua face se escondendo em meu pescoço
E meu sangue esvaindo em seus lábios( doce vampira )
E sentir também o teu corpo sob o meu
Se eu pudesse decifraria tua história
Eu começaria uma nova, (mas não posso)
Tentando escrever sobre as entre linhas de nosso olhar ...
Sobre a sombra de nossos desejos
Mórbidos desejos
Me sinto como o fantasma que paira
Sobre a gótica lápide esquecida ( Teu corpo )
Que por ventura, agora nada mais sente
Que deseja que algo a viole e libere ...
Seus mais ocultos segredos e desejos
Enterrados em sua mente
Os que estão a sua volta, são como rosas que adornam e perfumam
Este leito onde seu desejo jaz, mas ainda envolvente e quente
Você sabe que sou o profano e minha estranha conduta ...
A leva a gruta da curiosidade, ao labirinto de minha mente
Porque quando vier lentamente e se entregar
Abandonará a razão, compreenderá seus desejos
E partilharemos de infindáveis prazeres
Pode ouvir voluptuosas vozes do teu frio mármore( o Coração )
“- Vá com ele, não me dê esta privação, viva suas fantasias
Viveremos momentos unicos, jamais sofreremos por não ter se arriscado...”
Então escolherei a adaga mais afiada( o amor ) que me cortará a garganta
Sangrando, deixarei as rosas vermelhas e assustadas
E ao ver meu corpo caído sobre a lápide esquecida
Saberei que minha discreta vida, vive sua ultima centelha...
E incendiará nossos corpos
Mas será único como um pesadelo ,
Cada emoção, arrepio, grito e prazer
Mas uma vez estou perdido dentro do meu próprio eu
Como sempre perdido no meu próprio "eu"
Olho pro lado ,contemplo a lua ,então me recordo
De quem sou, das minhas cicatrizes tatuadas em meu peito
Da minha estrada, dos horizontes que vi e das coisas que fiz
Não mereço o céu ... Eu quiz o inferno... Cortaram minhas asas ...
Então procuro o castanho de teus olhos embriagados
E um oceano se forma nos meus
E há em teu corpo um desejo profano
De libertar sua essência e sermos, um
Mórbida e triste realidade
Sou uma nau fantasma, a deriva no oceano...
Como um ladrão à noite espreitando
E perdido nos desejos mais profanos ...
Autor: Leo Pereira " Ronin " Meu Grande Amor